Doutrina de Escritura Santa #6

By Emanuel Swedenborg

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6. Do Senhor procedem: o celeste, o espiritual e o natural, um após o outro. Chama-se celeste o que procede de Seu Divino Amor e é o Divino Bem. Chama-se espiritual o que procede de Sua Divina Sabedoria e é o Divino Vero. O natural vem de um e outro; é o complexo destes no último. Os anjos do reino celeste do Senhor, dos quais consiste o céu terceiro ou supremo, acham-se no Divino que, procedendo do Senhor, chama-se celeste, pois se acham no bem do amor oriundo do Senhor. Os anjos do reino espiritual do Senhor, dos quais consiste o céu médio ou segundo, estão no Divino que, procedendo do Senhor, chama-se espiritual, porque se acham nos veros da sabedoria oriunda do Senhor. Mas os homens da igreja, no mundo, estão no Divino natural, que também procede do Senhor. Segue-se, assim, que o Divino procedente do Senhor até seus últimos desce por três graus, que são chamados: celeste, espiritual e natural. O Divino que desce do Senhor até o homem desce por esses três graus; e quando desce contém em si esses três graus. Todo Divino é assim; por isso, quando está em seu último grau, está em seu pleno. Assim é a Palavra. No seu último sentido ela é natural, no interior é espiritual, no íntimo é celeste e é Divina em cada um deles. Que a Palavra seja assim, não se mostra no sentido de sua letra, que é natural, em razão de que, até o presente, o homem do mundo não tinha sabido coisa alguma dos céus e, por conseguinte, o que é o celeste e o que é espiritual, não fazendo, portanto, nenhuma diferença entre esses e o natural 1 .

Footnotes:

1. Que haja dois reinos que constituem o céu, dos quais um se chama reino celeste e o outro reino espiritual, veja-se na obra O Céu e o Inferno 20-28.

  
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