Continuação Do Juizo Final #4

By Emanuel Swedenborg

Studere hoc loco

  
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4. Quando isso entra no entendimento, podem ser facilmente dissipados os paradoxos que, do contrário, o homem poderia pensar sobre o estado das almas depois da morte, sobre a sua reunião com seus corpos apodrecidos e sobre a destruição do universo criado, assim, sobre o juízo final. Os paradoxos sobre os quais o homem pensaria a respeito do estado das almas depois da morte são estes: que o homem seria como um sopro, como um vento, como o éter voando no ar; que ele não habitaria em um lugar determinado, mas em um lugar que se chama 'Pu'; e que nada veria, porque não teria olhos; nada ouviria, porque não teria ouvidos e nada falaria, porque não teria boca; por conseguinte, seria cego, surdo e mudo, e estaria continuamente em expectativa, o que não poderia deixar de ser outra coisa senão algo muito triste, pelo fato de ele receber novamente, no dia do juízo final, essas funções da alma, de onde lhe vem todo prazer de sua vida. Que em semelhante estado miserável estariam as almas de todos os homens, desde a primeira criação, e que aqueles que viveram há cinquenta ou sessenta séculos estariam da mesma forma ainda esvoaçando pelo ar ou habitando em Pu, esperando o julgamento; além de outras coisas tão lamentáveis quanto essas.

  
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