5. Não me deterei sobre os numerosos e semelhantes paradoxos que o homem, que não sabe que depois da morte ele é homem como antes, poderia pensar sobre a destruição do universo. Quando, porém ele sabe que depois da morte o homem não é um sopro, nem um vento, mas é um espírito – que, se tiver vivido bem, é um anjo no céu – e que os espíritos e os anjos são homens em uma forma perfeita, ele pode pensar sobre o estado dos homens depois da morte e sobre o juízo final segundo o entendimento, e não segundo a fé separada do entendimento, da qual fluem apenas meras tradições. E ele pode, também, pelo entendimento, concluir, com certeza, que o juízo final que é predito na Palavra deve se efetuar não no mundo natural, mas no mundo espiritual, onde todos estão reunidos; e, ainda, que o juízo final, quando é efetuado, deve ser revelado, para que se tenha fé na Palavra.