ステップ _9713

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Juízes 14

1 Desceu Sansão a Timnate; e vendo em Timnate uma mulher das filhas dos filisteus,

2 subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, dizendo: Vi uma mulher em Timnate, das filhas dos filisteus; agora pois, tomai-ma por mulher.

3 Responderam-lhe, porém, seu pai e sua mãe: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos, nem entre todo o nosso povo, para que tu vás tomar mulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? Disse, porém, Sansão a seu pai: Toma esta para mim, porque ela muito me agrada.

4 Mas seu pai e sua mãe não sabiam que isto vinha do Senhor, que buscava ocasião contra os filisteus; porquanto naquele tempo os filisteus dominavam sobre Israel.

5 Desceu, pois, Sansão com seu pai e com sua mãe a Timnate. E, chegando ele às vinhas de Timnate, um leão novo, rugindo, saiu-lhe ao encontro.

6 Então o Espírito do Senhor se apossou dele, de modo que ele, sem ter coisa alguma na mão, despedaçou o leão como se fosse um cabrito. E não disse nem a seu pai nem a sua mãe o que tinha feito.

7 Depois desceu e falou àquela mulher; e ela muito lhe agradou.

8 Passado algum tempo, Sansão voltou para recebê-la; e apartando-se de caminho para ver o cadáver do leão, eis que nele havia um enxame de abelhas, e mel.

9 E tirando-o nas mãos, foi andando e comendo dele; chegando aonde estavam seu pai e sua mãe, deu-lhes do mel, e eles comeram; porém não lhes disse que havia tirado o mel do corpo do leão.

10 Desceu, pois, seu pai à casa da mulher; e Sansão fez ali um banquete, porque assim os mancebos costumavam fazer.

11 E sucedeu que, quando os habitantes do lugar o viram, trouxeram trinta companheiros para estarem com ele.

12 Disse-lhes, pois, Sansão: Permiti-me propor-vos um enigma; se nos sete dias das bodas o decifrardes e mo descobrirdes, eu vos darei trinta túnicas de linho e trinta mantos;

13 mas se não puderdes decifrar, vós me dareis a mim as trinta túnicas de linho e os trinta mantos. Ao que lhe responderam eles: Propõe o teu enigma, para que o ouçamos.

14 Então lhes disse: Do que come saiu comida, e do forte saiu doçura. E em três dias não puderam decifrar o enigma.

15 Ao quarto dia, pois, disseram à mulher de Sansão: Persuade teu marido a que declare o enigma, para que não queimemos a fogo a ti e à casa de teu pai. Acaso nos convidastes para nos despojardes?

16 E a mulher de Sansão chorou diante dele, e disse: Tão-somente me aborreces, e não me amas; pois propuseste aos filhos do meu povo um enigma, e não mo declaraste a mim. Respondeu-lhe ele: Eis que nem a meu pai nem a minha mãe o declarei, e to declararei a ti.

17 Assim ela chorava diante dele os sete dias em que celebravam as bodas. Sucedeu, pois, que ao sétimo dia lho declarou, porquanto o importunava; então ela declarou o enigma aos filhos do seu povo.

18 Os homens da cidade, pois, ainda no sétimo dia, antes de se pôr o sol, disseram a Sansão: Que coisa há mais doce do que o mel? e que coisa há mais forte do que o leão? Respondeu-lhes ele: Se vós não tivésseis lavrado com a minha novilha, não teríeis descoberto o meu enigma.

19 Então o Espírito do Senhor se apossou dele, de modo que desceu a Asquelom, matou trinta dos seus homens e, tomando as suas vestes, deu-as aos que declararam o enigma; e, ardendo em ira, subiu à casa de seu pai.

20 E a mulher de Sansão foi dada ao seu companheiro, que lhe servira de paraninfo.:

Juízes 15

1 Alguns dias depois disso, durante a ceifa do trigo, Sansão, levando um cabrito, foi visitar a sua mulher, e disse: Entrarei na câmara de minha mulher. Mas o pai dela não o deixou entrar,

2 dizendo-lhe: Na verdade, pensava eu que de todo a aborrecias; por isso a dei ao teu companheiro. Não é, porém, mais formosa do que ela a sua irmã mais nova? Toma-a, pois, em seu lugar.

3 Então Sansão lhes disse: De agora em diante estarei sem culpa para com os filisteus, quando lhes fizer algum mal.

4 E Sansão foi, apanhou trezentas raposas, tomou fachos e, juntando as raposas cauda a cauda, pôs-lhes um facho entre cada par de caudas.

5 E tendo chegado fogo aos fachos, largou as raposas nas searas dos filisteus:, e assim abrasou tanto as medas como o trigo ainda em pé as vinhas e os olivais.

6 Perguntaram os filisteus: Quem fez isto? Respondeu-se-lhes: Sansão, o genro do timnita, porque este lhe tomou a sua mulher, e a deu ao seu companheiro. Subiram, pois, os filisteus, e queimaram a fogo a ela e a seu pai.

7 Disse-lhes Sansão: É assim que fazeis? pois só cessarei quando me houver vingado de vós.

8 E de todo os desbaratou, infligindo-lhes grande mortandade. Então desceu, e habitou na fenda do penhasco de Etã.

9 Então os filisteus subiram, acamparam-se em Judá, e estenderam-se por Leí.

10 Perguntaram-lhes os homens de Judá: Por que subistes contra nós. E eles responderam: Subimos para amarrar a Sansão, para lhe fazer como ele nos fez.

11 Então três mil homens de Judá desceram até a fenda do penhasco de Etã, e disseram a Sansão: Não sabias tu que os filisteus dominam sobre nós? por que, pois, nos fizeste isto? E ele lhes disse: Assim como eles me fizeram a mim, eu lhes fiz a eles.

12 Tornaram-lhe eles: Descemos para amarrar-te, a fim de te entregar nas mãos dos filisteus. Disse-lhes Sansão: Jurai-me que vós mesmos não me acometereis.

13 Eles lhe responderam: Não, não te mataremos, mas apenas te amarraremos, e te entregaremos nas mãos deles. E amarrando-o com duas cordas novas, tiraram-no do penhasco.

14 Quando ele chegou a Leí, os filisteus lhe saíram ao encontro, jubilando. Então o Espírito do Senhor se apossou dele, e as cordas que lhe ligavam os braços se tornaram como fios de linho que estão queimados do fogo, e as suas amarraduras se desfizeram das suas mãos.

15 E achou uma queixada fresca de jumento e, estendendo a mão, tomou-a e com ela matou mil homens.

16 Disse Sansão: Com a queixada de um jumento montões e mais montões! Sim, com a queixada de um jumento matei mil homens.

17 E acabando ele de falar, lançou da sua mão a queixada; e chamou-se aquele lugar Ramá-Leí.

18 Depois, como tivesse grande sede, clamou ao Senhor, e disse: Pela mão do teu servo tu deste este grande livramento; e agora morrerei eu de sede, e cairei nas mãos destes incircuncisos?

19 Então o Senhor abriu a fonte que está em Leí, e dela saiu água; e Sansão, tendo bebido, recobrou alento, e reviveu; pelo que a fonte ficou sendo chamada En-Hacore, a qual está em Leí até o dia de hoje.

20 E julgou a Israel, nos dias dos filisteus, vinte anos.

Juízes 16

1 Sansão foi a Gaza, e viu ali uma prostituta, e entrou a ela.

2 E foi dito aos gazitas: Sansão entrou aqui. Cercaram-no, pois, e de emboscada à porta da cidade o esperaram toda a noite; assim ficaram quietos a noite toda, dizendo: Quando raiar o dia, matá-lo-emos.

3 Mas Sansão deitou-se até a meia-noite; então, levantando-se, pegou nas portas da entrada da cidade, com ambos os umbrais, arrancou-as juntamente com a tranca e, pondo-as sobre os ombros, levou-as até o cume do monte que está defronte de Hebrom.

4 Depois disto se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, cujo nome era Dalila.

5 Então os chefes dos filisteus subiram a ter com ela, e lhe disseram: Persuade-o, e em que consiste a sua grande força, e como poderemos prevalecer contra ele e amarrá-lo, para assim o afligirmos; e te daremos, cada um de nós, mil e cem moedas de prata.

6 Disse, pois, Dalila a Sansão: Declara-me, peço-te, em que consiste a tua grande força, e com que poderias ser amarrado para te poderem afligir.

7 Respondeu-lhe Sansão: Se me amarrassem com sete cordas de nervos, ainda não secados, então me tornaria fraco, e seria como qualquer outro homem.

8 Então os chefes dos filisteus trouxeram a Dalila sete cordas de nervos, ainda não secados, com as quais ela o amarrou.

9 Ora, tinha ela em casa uns espias sentados na câmara interior. Então ela disse: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! E ele quebrou as cordas de nervos, como se quebra o fio da estopa ao lhe chegar o fogo. Assim não se soube em que consistia a sua força.

10 Disse, pois, Dalila a Sansão: Eis que zombaste de mim, e me disseste mentiras; declara-me agora com que poderia ser a amarrado.

11 Respondeu-lhe ele: Se me amarrassem fortemente com cordas novas, que nunca tivessem sido usadas, então me tornaria fraco, e seria como qualquer outro homem.

12 Então Dalila tomou cordas novas, e o amarrou com elas, e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! E os espias estavam sentados na câmara interior. Porém ele as quebrou de seus braços como a um fio.

13 Disse Dalila a Sansão: Até agora zombaste de mim, e me disseste mentiras; declara-me pois, agora, com que poderia ser amarrado. E ele lhe Disse: Se teceres as sete tranças da minha cabeça com os liços da teia.

14 Assim ela as fixou com o torno de tear, e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Então ele despertou do seu sono, e arrancou o torno do tear, juntamente com os liços da teia.

15 Disse-lhe ela: como podes dizer: Eu te amo! não estando comigo o teu coração? Já três vezes zombaste de mim, e ainda não me declaraste em que consiste a tua força.

16 E sucedeu que, importunando-o ela todos os dias com as suas palavras, e molestando-o, a alma dele se angustiou até a morte.

17 E descobriu-lhe todo o seu coração, e disse-lhe: Nunca passou navalha pela ninha cabeça, porque sou nazireu de Deus desde o ventre de minha mãe; se viesse a ser rapado, ir-se-ia de mim a minha força, e me tornaria fraco, e seria como qualquer outro homem.

18 Vendo Dalila que ele lhe descobrira todo o seu coração, mandou chamar os chefes dos filisteus, dizendo: Subi ainda esta vez, porque agora me descobriu ele todo o seu coração. E os chefes dos filisteus subiram a ter com ela, trazendo o dinheiro nas maos.

19 Então ela o fez dormir sobre os seus joelhos, e mandou chamar um homem para lhe rapar as sete tranças de sua cabeça. Depois começou a afligi-lo, e a sua força se lhe foi.

20 E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Despertando ele do seu sono, disse: Sairei, como das outras vezes, e me livrarei. Pois ele não sabia que o Senhor se tinha retirado dele.

21 Então os filisteus pegaram nele, arrancaram-lhe os olhos e, tendo-o levado a Gaza, amarraram-no com duas cadeias de bronze; e girava moinho no cárcere.

22 Todavia o cabelo da sua cabeça, logo que foi rapado, começou a crescer de novo:

23 Então os chefes dos filisteus se ajuntaram para oferecer um grande sacrifício ao seu deus Dagom, e para se regozijar; pois diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos a Sansão, nosso inimigo.

24 semelhantemente o povo, vendo-o, louvava ao seu deus, dizendo: Nosso deus nos entregou nas mãos o nosso inimigo, aquele que destruía a nossa terra, e multiplicava os nossos mortos.

25 E sucedeu que, alegrando-se o seu coração, disseram: Mandai vir Sansão, para que brinque diante de nós. Mandaram, pois, vir do cárcere Sansão, que brincava diante deles; e fizeram-no estar em pé entre as colunas.

26 Disse Sansão ao moço que lhe segurava a mão: Deixa-me apalpar as colunas em que se sustém a casa, para que me encoste a elas.

27 Ora, a casa estava cheia de homens e mulheres; e também ali estavam todos os chefes dos filisteus, e sobre o telhado havia cerca de três mil homens e mulheres, que estavam vendo Sansão brincar.

28 Então Sansão clamou ao Senhor, e disse: Ó Senhor Deus! lembra-te de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó Deus, para que duma só vez me vingue dos filisteus pelos meus dois olhos.

29 Abraçou-se, pois, Sansão com as duas colunas do meio, em que se sustinha a casa, arrimando-se numa com a mão direita, e na outra com a esquerda.

30 E bradando: Morra eu com os filisteus! inclinou-se com toda a sua força, e a casa caiu sobre os chefes e sobre todo o povo que nela havia. Assim foram mais os que matou ao morrer, do que os que matara em vida.

31 Então desceram os seus irmãos e toda a casa de seu pai e, tomando-o, o levaram e o sepultaram, entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai. Ele havia julgado a Israel vinte anos.